Em seguida, o representante de Portugal, Nuno Rebelo de Souza, afirmou que o papel das câmaras portuguesas no Brasil é trazer uma visão internacional: “Nosso papel é apoiar empresários portugueses que vêm ao Brasil e orientar empresários brasileiros que têm interesse em conhecer as oportunidades em Portugal”.
Ele acrescenta que, não por acaso, Portugal é considerado a porta de entrada de exportação dos brasileiros para a União Europeia e a CPLP, além de ser alvo de investimentos produtivos: “Primeiramente, Portugal é um país simples no quesito fiscal. Não há complexidade na cobrança de impostos. Em segundo lugar, a taxa de juros mensais é de 0%. Por último, os serviços de incentivo e financiamento, que seriam equivalentes ao Sebrae no Brasil, possuem forte atuação na promoção de negócios”.
Para concluir o debate, o representante do Sebrae, Bruno Quick, colocou em pauta a carência de um modelo de organização e clareza por parte das entidades: “É necessário que o empresário tenha afinidade com o projeto de desenvolvimento local. Em outras palavras, os cidadãos devem ser capazes de visualizar os projetos dando certo”. Ele acrescenta que o País possui um grande número de entidades competentes e de riqueza cultural: “O Brasil é um mosaico de diversidade. Não faltam tecnologia, recursos financeiros, talentos e instituições. Os municípios carecem de um bom roteiro e de articulação. O Sebrae está junto ao Brasil nessa grande agenda”, conclui o especialista em políticas públicas.
A 5ª edição do Fórum CACB Mil, que aconteceu nos dias 20 e 21 de junho, reuniu mil empresários de todo o País em Brasília para pôr em pauta o papel das Associações Comerciais no desenvolvimento das cidades, a liderança empresarial, os rumos econômicos do Brasil, além de temas como sustentabilidade, inovação e organizações exponenciais.
Fonte: CACB