Para abrir oportunidades para o protagonismo da mulher na economia goiana, a Federação das Associações Comerciais, Industriais, Empresariais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg) realizou no auditório em sua sede, no dia 24 de junho, a primeira reunião proposta para efetivação do seu conselho temático feminino, o Facieg Mulher. O encontro foi prestigiado por mulheres representantes de Associações Comerciais de várias regiões de Goiás e contou com a presença da presidente do Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), Ana Cláudia Badra Cotait; da vice-presidente do CMEC e senadora, Ivani Bôscoli; da vice-presidente regional da Facieg, Cleuza Eli de Souza; da coordenadora do ACEG Mulher, Viviane de Paula e da presidente da Associação Comercial e Industrial de Rubiataba, Leidiane da Silva, representando todas as associações. A mesa de discussão foi coordenada pela advogada e ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio Verde, Dejane Mara Maffissoni.
Facieg Mulher
A posse no último dia 9 de junho da vice-presidente regional, Cleuza Eli de Souza, como representante do estado de Goiás na diretoria executiva do CMEC Nacional, foi o primeiro passo para a criação do conselho temático goiano. A reunião na Facieg foi a oportunidade para apresentação e debate das ideias com as mulheres representantes das ACIs. O lançamento oficial do estatuto e a posse da primeira diretoria do Facieg Mulher estão previstos para o mês de novembro, no Congresso das Associações Comerciais de Goiás. O Conselho vai atuar regionalmente como instrumento para que lideranças femininas discutam seus problemas e proponham novas soluções para a classe empresarial em todos os municípios goianos.
Empreendedorismo feminino
Em um cenário nacional, 47% dos responsáveis pelas empresas são mulheres. Com esse panorama, a discussão abordou a necessidade de luta pela igualdade e paridade nos negócios no que diz respeito a apoios e oportunidades. Nessa perspectiva, a advogada e empresária Dejane Maffissoni ressaltou que o ideal seria não precisar de conselhos temáticos femininos, mas a realidade indica a necessidade ainda da criação de espaços de viabilização de projetos como o Facieg Mulher. “Nós somos, na prática, a maioria, mas ainda não conseguimos assumir o compromisso da nossa representatividade por direito. Somos iguais e temos que trabalhar por igualdade no ambiente empresarial”, lembrou.
Em sua apresentação, a presidente do CMEC, Ana Cláudia Badra Cotait, trouxe para as participantes sua experiência aplicada na criação de conselhos nas associações do estado de São Paulo. No universo do empreendedorismo, 34% das Micros e Pequenas e Empresas (MEIs) são dirigidas por mulheres. Com foco nesse público, o CMEC criou uma marca institucional que agrega a palavra cultura nos propósitos do Conselho para o desenvolvimento de projetos que promovam a liderança feminina. “Em pouco tempo, já estamos acompanhando o sucesso de projetos aplicados nas associações que estimulam o trabalho e a qualificação, sempre alinhados com os conceitos de sororidade, ética, diversidade e cooperativismo”, explicou a presidente.
Durante a conversa com o grupo de mulheres empreendedoras goianas, Ana Cláudia também passou relevantes orientações para o início da criação de conselhos femininos, apresentou um manual de aplicação, com exemplos de projetos como o de reabilitação e de educação financeira e o de capacitação com cursos e treinamentos sobre temas específicos para o comércio.
Para Cleuza Eli, a representante de Goiás no CMEC Nacional, contar com o apoio e a confiança do presidente da Facieg, Sebastião Vieira Sobrinho, foi o que transformou em realidade a efetivação do Facieg Mulher. “Agora temos toda a motivação, com o propósito de realizar muitas ações, sempre contando com a participação das mulheres empresárias do nosso estado, em prol do crescimento dos nossos negócios”, comemorou.
