De Goiânia, a empresa Soluti passou a liderar neste ano o mercado de certificação digital no Brasil. No ranking divulgado pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), ultrapassou a paulista Certisign. Segundo dados de fevereiro, a goiana emitiu 17,52% dos certificados do País em 2018, ante os 17,50% da ex-líder. O presidente da companhia, Vinicius Sousa, diz que com dez anos de mercado não havia expectativa de alcançar a marca rapidamente.
“Tinha foco em crescer com qualidade, com investimento em inovação e tecnologia. Isso foi um resultado natural”, avalia, ao lembrar que o início foi como microempreendedor como uma revenda com o irmão. No final de 2012, a empresa se tornou certificadora independente na emissão de certificados e, a partir daí, acelerou a presença em todo o País no setor que tem registrado grande expansão.
“É um processo que envolve investimento alto e conhecimento muito específico do ponto de vista de segurança e criptografia.” A experiência como revenda fez criar modelo de atratividade para ter distribuidores e hoje são mais de 500 parceiros no Brasil que emitem certificados da Soluti, que soma 47 mil certificações por mês. A empresa também adquiriu, em 2015, parte da e-Sec, empresa de desenvolvimento de tecnologia de segurança da informação.
Aliado a isso, Sousa reconhece que ocorreram marcos importantes para o setor como a Nota Fiscal Eletrônica, eSocial e Sistema Público de Escrituração Digital, que passaram a exigir os certificados. Mas, o empresário explica que não se pode aguardar os clientes apenas pela obrigação. “Trabalhamos fortemente para vender nossas tecnologias para diversas aplicações e mercados para comprar um benefício.” Em 2017, o número de certificados emitidos pela Soluti cresceu 79,63% em comparação com 2016, foram 557,4 mil emissões.
Já o faturamento passou de R$ 19 milhões, em 2014, para R$ 54 milhões no ano passado, quando o investimento em aquisições foi de cerca de R$ 15 milhões. “Já fizemos fez algumas aquisições na linha tecnológica para complementar o portfólio e também aquisições de marketing share de distribuição e, além disso, criamos um centro de inovação.”
A longo prazo, a companhia também mira o atendimento a setores com grande potencial de crescimento com pesquisas para blockchain (que suporta a tecnologia das moedas digitais), internet das coisas (IoT) e a tecnologia em nuvem.
